Santuário
Nossa Senhora da Nazaré
Esta igreja tem uma arcaria exterior, sucessora dos alpendres manuelinos. O templo é decorado com bons azulejos holandeses com as “ Vidas de David e José do Egipto” e apresenta quatro altares no corpo do templo e dois colaterais no cruzeiro.
A imagem de “Nossa Senhora da Nazaré com o menino” está no trono e ambos estão coroados de
diademas ofertados pelo rei D. João V.
Acerca da imagem de Nossa Senhora da Nazaré correm imensas lendas. Umas, dão-lhe vários milagres e proclamam-na a imagem mais antiga que existe no país e sobre os seus milagres, conta-se “ o prodígio do colar da Virgem que Vasco da Gama trocara pela sua cadeira de ouro e que serviu ao navegador para aplacar o mar, na difícil passagem do cabo das Tormentas”
Lenda da Nazaré
Retirado do livro “ Lendas Portuguesas” de Fernanda
Frazão
Editores “amigos do livro”
Esta lenda teve inicio há cerca de mil e quinhentos anos, em pleno século IV, no tempo das perseguições aos cristãos em Roma, altura em que muitos dali fugiram e se refugiaram na Península Ibérica.
Nessa época, um monge grego que vivia em Roma,
Ciríaco, fugiu para Belém de Judá, levando na sua mísera bagagem uma pequena imagem da Virgem Maria amamentando Jesus, a Virgem do Leite. Em Belém,
Ciríaco ofereceu a imagem a S. Jerónimo, que, por sua vez, a mandou a Santo Agostinho, o célebre bispo de
Hipona, autor de “ A Cidade de Deus” . De mão em mão a pequena Virgem do Leite não se ficou no Norte de África, porque Santo Agostinho decidiu oferecê-la a um convento peninsular, a poucos quilómetros de Mérida, o Mosteiro de
Cauliniana.
Os monges de
Cauliniana, como a imagem tivesse vindo da terra da Virgem, mudaram-lhe o nome para Nossa Senhora da Nazaré, e, durante algum tempo, pareceu ter terminado a longa peregrinação da imagem que fora do monge
Ciríaco.
Novos factos, porém, vieram alterar o sossego na Península Ibérica e, mais uma vez, obrigar a outra fuga da Senhora da Nazaré.
Estava-se no ano 711. Os mouros de
Tárique, há pouco entrados no território peninsular, constituíam um grande perigo para os cristãos visigodos que estes reuniram um poderoso exército em
Guadalete. O rei Rodrigo, ultimo rei dos Visigodos era o chefe do exército cristão. Uma vez derrotado, fugiu para Mérida e apresentou-se no convento de
Cauliniana, onde se deu a conhecer ao abade frei Romano. Uma vez derrotados decidiram fugir, em direcção ao Oeste, até à costa Atlântica, transportado com eles uma caixa com relíquias que Santo Agostinho que tinha oferecido ao mosteiro, nos quais se encontrava a imagem do Nossa Senhora de Nazaré.
Diz-se que os caminhantes chegaram àqueles montes inóspitos e
escalvados no dia 2 de Novembro de 713. No monte que hoje se chama de S. Bartolomeu.
Durante algum tempo mantiveram-se juntos, até que Rodrigo manifestou o desejo de viver só. Frei Romano pegou nas relíquias e na imagem e mudou-se para o monte fronteiro, o actual Sítio da Nazaré, escondendo os objectos sagrados sob uma lapa. A 26 de Março de 716 Rodrigo encontra o frei sem vida e abre-lhe uma cova junto à lapa. E este então abandona o local e muda-se para Viseu no lugar de Fetal, e aí consta que morreu.
Durante quatro séculos e meio, as relíquias e a imagem ficaram escondidas sob a lapa, onde o Frei as tinha deixado. EM 1178 , uns pastores descobriram-nas , e com a noticia da descoberta começou haver uma romaria ao local. Com a deslocação de pessoas ao local , formou-se um núcleo de gente dedicada em especial à pesca, que deram o nome á terra o mesmo nome da Santa ( Nazaré)
Ermida da Memória
O templo, no esporão do Sitio, consta de dois pisos, sendo o inferior formado pela gruta primitiva e o superior pela Capela
propriamente dita, azulejada nas paredes e cúpula, com restos de azulejos padrão do séc. XVII (azuis e amarelos) e azuis, do século XVIII, de motivos ” isolados” e “ jarras”.
Foi construída junto ao local, onde se deu o milagre de Nossa Senhora da Nazaré.
Reza a história que “a 14 de Setembro de 1182, D.
Fuas Roupinho e seus companheiros se dirigiram ao local para caçar. E por lá andaram, até que D.
Fuas avistou um veado enorme e de porte real, que parecia desafiá-lo. O animal deixou que o cavaleiro se aproximasse e logo, se lançou em louca correria em direcção à beira do penhasco rochoso.
D.
Fuas, que galopava meio cego de entusiasmo, não reparou onde se encontrava senão quando viu o veado atirar-se no abismo. Aflito, tentou parar o cavalo, mas a velocidade era tal que nenhuma força humana o conseguiria parar. Num segundo o cavaleiro anteviu as
consequências e insensivelmente invocou a Senhora da Nazaré , que, de imediato, surgiu no céu, frente à montada. O cavalo estacou imediatamente, fincando com tanto desespero os cascos traseiros na rocha, que essa marca ainda hoje existe.
Quanto ao veado, estatelou-se e desfez-se em fumo negro: era o Diabo a tentar o cavaleiro.”
Em agradecimento deste miraculoso salvamento, D.
Fuas mandou construir a capela da Memória, ali, junto à lapa onde fora encontrada a imagem da Senhora da Nazaré.
Igreja de Santo António
Situada na vila da Nazaré.
Capela mandada construir pelos pescadores em 1861.
« Santo António teria nascido por volta de 1195, em Lisboa com o nome de Fernando
Bulhões, aos 14 anos entrou para o mosteiro de S. Vicente de Lisboa. E em 1220 mudou-se para Coimbra onde se tornou monge da Ordem dos Cónegos Regrantes de
Stº. Agostinho e alterou o seu nome para António. Só mais tarde se torna frade franciscano. Encarregado de varias missões pela sabedoria de que era conhecido, percorreu vários países, sempre levando uma vida pobre que lhe agravou a doença e morre em Pádua a 1231 com 36 anos. Foi declarado santo onze meses depois da sua morte pelo Papa Gregório IX.»
Igreja de Nossa Senhora dos Aflitos
Fica situada na vila da Nazaré.
Esta Igreja foi mandada construir pelos monges
Cistercienses de Alcobaça em 1760.
Igreja da
Misericórdia
A primitiva capela da
Misericórdia foi criada para albergar a irmandade da
Misericórdia da Pederneira, instituída antes de 1561, que tinha como principal função administrar o hospital da
Pedreneira.
Em 1877, a irmandade foi extinta e os seus bens passaram para a real casa de Nossa Senhora da Nazaré, que fundou um hospital no sitio da Nazaré , para continuar a acção de existência daquela
Misericórdia.
O templo é vasto, bem iluminado e apresenta no interior, sobre a porta principal, um painel de azulejos com a figuração da
Misericórdia.
Do lado da Epístola, fica a tribuna, formada por cinco grupos de três colunas
jónica.
Igreja da Nossa Senhora das Areias
A Igreja Paroquial da vila da
Pedreneira, dedicada à Nossa Senhora das Areias, é um templo construído no final século XVI. É vasto, com coro, dois altares colaterais e dois laterais e uma capela-mor com altar, de boa talha dourada do séc. XVII. As paredes são revestidas de azulejos “ padrão “azul e amarelo, do séc. XVII, num
silhar alto e sobre ele, encontram-se azulejos de “tapete” . Na capela-mor há dói quadros de pintura sobre tela, figurando num o “ Milagre da Mula” e o outro, o “Ressuscitado”.
Igreja de Nossa Senhora dos Anjos
Fica situada próxima da Pederneira. É um templo paroquial
quinhentista, muito alterado pelos sucessivas obras de conservação. Do primitivo, resta o alpendre da entrada, feito em madeira.
O altar-mor apresenta um retábulo.
Monte de S. Brás e S. Bartolomeu
Fica situado entre a Pederneira, e o Valado dos Frades. Conhecido por Monte de S. Brás ou S. Bartolomeu, os mais antigos denominaram-no por
Seano. O seu actual nome deve-se à lenda da Nazaré, quando D. Rodrigo e Frei Romano por ali passaram e com eles trouxeram as relíquias de S. Bartolomeu e de S. Brás.
Tem 156 metros de altitude, e no cimo encontra-se a capela e um ponto de vigia.
Igreja de São
Gião
Templo visigótico, datado do séc. VII, que apesar de muito arruinado, ainda mostra vestígios da
arquitectura paleocristã acidental.
Situado na quinta de São
Gião . Actualmente está em plena degradação, consta que em meados 1597 estava em pleno estado de conservação, relatos documentados pelo Frei Bernardo Brito.
Outra referência a esta Igreja deve-se ao Frei Antónia Brandão, cronista da ordem de
Cister do século XVII a respeito do seu despovoamento durante o reinado de D. Sancho I, devido à peste. A Igreja terá estado afectada ao culto até à segunda metade do século XVII. A partir dessa altura, começou a deteriorar-se de tal modo que em 1702 era usada como curral de gado. Consta também que deve-se a esse uso alternativo a sua existência até hoje.
Freguesia de Famalicão
Igreja de Nossa Senhora da Vitoria
Famalicão foi povoada pelos habitantes de Paredes da Vitória, que trouxeram consigo o culto da Nossa Senhora da Vitória, em honra da qual foi construída a igreja. Um dos registos mais antigos da capela primitiva foi encontrado numa pedra datada de 1663. Porem, da antiga capela já nada existe e com a excepção da torre
sineira, que será anterior à remodelação existente, o resto é
arquitectura moderna.
No interior, guarda uma bela escultura do Espírito Santo, em pedra muito antiga, que foi encontrada enterrada no antigo cemitério, junto da igreja. Alguns dizem ser provenientes da igreja de S.
Gião.
Em honra da padroeira realizam-se todos os anos uns festejos comemorando Nossa Senhora da Vitória, culto esse trazido pelos habitantes das Paredes quando tiveram de fugir do antigo porto do mar, devido às tempestades de areias que a submergiram para sempre….
Igreja de Santo Isidro
Igreja de Santo Isidro fica na localidade de
Raposos, pertencente á freguesia de Famalicão
Freguesia de Valado dos Frades
Igreja de São Sebastião
A igreja de S. Sebastião , Valado dos Fades foi reconstruída em 1866 e em 1965. Apresenta uma torre
sineira. No interior, existem duas tela, obra de Belchior de Matos, grande pintor maneirista.
Freguesia de Fanhais
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Fica no lugar de
Fanhais.
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