quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aljubarrota



Aljubarrota
Neste largo da Misericórdia encontra-se o edifício da Junta de Freguesia de Prazeres e S. Vicente, o Posto de Turismo, correios e centro de saúde .
Beneficia de uma torre de relógio e um pelourinho.

O Pelourinho manuelino, símbolo da justiça, possui três degraus circulares, a base da coluna tem oito faces com flores-de-lis e elementos florais, a coluna é lisa e monolítica e ainda se podem encontrar a um terço da altura furos onde estariam fixados os ferros de sujeição. No capitel, o remate é constituído por pinha piramidal com a esfera armilar e o escudo português martelado por chapéu eclesiástico, em relevo.

A torre sineira ou torre do relógio data do século XVI. Foi o rei D. Sebastião que ofereceu à Vila o sino da torre por volta de 1554/1578. A torre, símbolo do poder civil, estava separada da antiga Casa da Câmara (hoje sede das Juntas de Freguesias) constituído um modelo arquitectónico invulgar.

Obras disponíveis
(Para adquirir basta deixar mensagem ou, contactar o Email imtn@sapo.pt/ telem. 916850489)Aguarelas
31cm/40cm
Preço 100€

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Exposição " ARTE de RECORDAR" na Nazaré

Esta é a sala do Posto de Turismo da Nazaré.
Aqui pode ver e rever todo o património do Concelho da Nazaré reproduzido em aguarelas.






Santuário
Nossa Senhora da Nazaré

Esta igreja tem uma arcaria exterior, sucessora dos alpendres manuelinos. O templo é decorado com bons azulejos holandeses com as “ Vidas de David e José do Egipto” e apresenta quatro altares no corpo do templo e dois colaterais no cruzeiro.
A imagem de “Nossa Senhora da Nazaré com o menino” está no trono e ambos estão coroados de diademas ofertados pelo rei D. João V.
Acerca da imagem de Nossa Senhora da Nazaré correm imensas lendas. Umas, dão-lhe vários milagres e proclamam-na a imagem mais antiga que existe no país e sobre os seus milagres, conta-se “ o prodígio do colar da Virgem que Vasco da Gama trocara pela sua cadeira de ouro e que serviu ao navegador para aplacar o mar, na difícil passagem do cabo das Tormentas”
Lenda da Nazaré
Retirado do livro “ Lendas Portuguesas” de Fernanda Frazão
Editores “amigos do livro”
Esta lenda teve inicio há cerca de mil e quinhentos anos, em pleno século IV, no tempo das perseguições aos cristãos em Roma, altura em que muitos dali fugiram e se refugiaram na Península Ibérica.
Nessa época, um monge grego que vivia em Roma, Ciríaco, fugiu para Belém de Judá, levando na sua mísera bagagem uma pequena imagem da Virgem Maria amamentando Jesus, a Virgem do Leite. Em Belém, Ciríaco ofereceu a imagem a S. Jerónimo, que, por sua vez, a mandou a Santo Agostinho, o célebre bispo de Hipona, autor de “ A Cidade de Deus” . De mão em mão a pequena Virgem do Leite não se ficou no Norte de África, porque Santo Agostinho decidiu oferecê-la a um convento peninsular, a poucos quilómetros de Mérida, o Mosteiro de Cauliniana.
Os monges de Cauliniana, como a imagem tivesse vindo da terra da Virgem, mudaram-lhe o nome para Nossa Senhora da Nazaré, e, durante algum tempo, pareceu ter terminado a longa peregrinação da imagem que fora do monge Ciríaco.
Novos factos, porém, vieram alterar o sossego na Península Ibérica e, mais uma vez, obrigar a outra fuga da Senhora da Nazaré.
Estava-se no ano 711. Os mouros de Tárique, há pouco entrados no território peninsular, constituíam um grande perigo para os cristãos visigodos que estes reuniram um poderoso exército em Guadalete. O rei Rodrigo, ultimo rei dos Visigodos era o chefe do exército cristão. Uma vez derrotado, fugiu para Mérida e apresentou-se no convento de Cauliniana, onde se deu a conhecer ao abade frei Romano. Uma vez derrotados decidiram fugir, em direcção ao Oeste, até à costa Atlântica, transportado com eles uma caixa com relíquias que Santo Agostinho que tinha oferecido ao mosteiro, nos quais se encontrava a imagem do Nossa Senhora de Nazaré.
Diz-se que os caminhantes chegaram àqueles montes inóspitos e escalvados no dia 2 de Novembro de 713. No monte que hoje se chama de S. Bartolomeu.
Durante algum tempo mantiveram-se juntos, até que Rodrigo manifestou o desejo de viver só. Frei Romano pegou nas relíquias e na imagem e mudou-se para o monte fronteiro, o actual Sítio da Nazaré, escondendo os objectos sagrados sob uma lapa. A 26 de Março de 716 Rodrigo encontra o frei sem vida e abre-lhe uma cova junto à lapa. E este então abandona o local e muda-se para Viseu no lugar de Fetal, e aí consta que morreu.
Durante quatro séculos e meio, as relíquias e a imagem ficaram escondidas sob a lapa, onde o Frei as tinha deixado. EM 1178 , uns pastores descobriram-nas , e com a noticia da descoberta começou haver uma romaria ao local. Com a deslocação de pessoas ao local , formou-se um núcleo de gente dedicada em especial à pesca, que deram o nome á terra o mesmo nome da Santa ( Nazaré)



Ermida da Memória



O templo, no esporão do Sitio, consta de dois pisos, sendo o inferior formado pela gruta primitiva e o superior pela Capela propriamente dita, azulejada nas paredes e cúpula, com restos de azulejos padrão do séc. XVII (azuis e amarelos) e azuis, do século XVIII, de motivos ” isolados” e “ jarras”.
Foi construída junto ao local, onde se deu o milagre de Nossa Senhora da Nazaré.
Reza a história que “a 14 de Setembro de 1182, D. Fuas Roupinho e seus companheiros se dirigiram ao local para caçar. E por lá andaram, até que D. Fuas avistou um veado enorme e de porte real, que parecia desafiá-lo. O animal deixou que o cavaleiro se aproximasse e logo, se lançou em louca correria em direcção à beira do penhasco rochoso.
D. Fuas, que galopava meio cego de entusiasmo, não reparou onde se encontrava senão quando viu o veado atirar-se no abismo. Aflito, tentou parar o cavalo, mas a velocidade era tal que nenhuma força humana o conseguiria parar. Num segundo o cavaleiro anteviu as consequências e insensivelmente invocou a Senhora da Nazaré , que, de imediato, surgiu no céu, frente à montada. O cavalo estacou imediatamente, fincando com tanto desespero os cascos traseiros na rocha, que essa marca ainda hoje existe.
Quanto ao veado, estatelou-se e desfez-se em fumo negro: era o Diabo a tentar o cavaleiro.”
Em agradecimento deste miraculoso salvamento, D. Fuas mandou construir a capela da Memória, ali, junto à lapa onde fora encontrada a imagem da Senhora da Nazaré.




Igreja de Santo António


Situada na vila da Nazaré.
Capela mandada construir pelos pescadores em 1861.
« Santo António teria nascido por volta de 1195, em Lisboa com o nome de Fernando Bulhões, aos 14 anos entrou para o mosteiro de S. Vicente de Lisboa. E em 1220 mudou-se para Coimbra onde se tornou monge da Ordem dos Cónegos Regrantes de Stº. Agostinho e alterou o seu nome para António. Só mais tarde se torna frade franciscano. Encarregado de varias missões pela sabedoria de que era conhecido, percorreu vários países, sempre levando uma vida pobre que lhe agravou a doença e morre em Pádua a 1231 com 36 anos. Foi declarado santo onze meses depois da sua morte pelo Papa Gregório IX.»





Igreja de Nossa Senhora dos Aflitos

Fica situada na vila da Nazaré.
Esta Igreja foi mandada construir pelos monges Cistercienses de Alcobaça em 1760.



Igreja da Misericórdia

A primitiva capela da Misericórdia foi criada para albergar a irmandade da Misericórdia da Pederneira, instituída antes de 1561, que tinha como principal função administrar o hospital da Pedreneira.
Em 1877, a irmandade foi extinta e os seus bens passaram para a real casa de Nossa Senhora da Nazaré, que fundou um hospital no sitio da Nazaré , para continuar a acção de existência daquela Misericórdia.
O templo é vasto, bem iluminado e apresenta no interior, sobre a porta principal, um painel de azulejos com a figuração da Misericórdia.
Do lado da Epístola, fica a tribuna, formada por cinco grupos de três colunas jónica.








Igreja da Nossa Senhora das Areias


A Igreja Paroquial da vila da Pedreneira, dedicada à Nossa Senhora das Areias, é um templo construído no final século XVI. É vasto, com coro, dois altares colaterais e dois laterais e uma capela-mor com altar, de boa talha dourada do séc. XVII. As paredes são revestidas de azulejos “ padrão “azul e amarelo, do séc. XVII, num silhar alto e sobre ele, encontram-se azulejos de “tapete” . Na capela-mor há dói quadros de pintura sobre tela, figurando num o “ Milagre da Mula” e o outro, o “Ressuscitado”.












Igreja de Nossa Senhora dos Anjos

Fica situada próxima da Pederneira. É um templo paroquial quinhentista, muito alterado pelos sucessivas obras de conservação. Do primitivo, resta o alpendre da entrada, feito em madeira.
O altar-mor apresenta um retábulo.











Monte de S. Brás e S. Bartolomeu


Fica situado entre a Pederneira, e o Valado dos Frades. Conhecido por Monte de S. Brás ou S. Bartolomeu, os mais antigos denominaram-no por Seano. O seu actual nome deve-se à lenda da Nazaré, quando D. Rodrigo e Frei Romano por ali passaram e com eles trouxeram as relíquias de S. Bartolomeu e de S. Brás.
Tem 156 metros de altitude, e no cimo encontra-se a capela e um ponto de vigia.




































Igreja de São Gião

Templo visigótico, datado do séc. VII, que apesar de muito arruinado, ainda mostra vestígios da arquitectura paleocristã acidental.
Situado na quinta de São Gião . Actualmente está em plena degradação, consta que em meados 1597 estava em pleno estado de conservação, relatos documentados pelo Frei Bernardo Brito.
Outra referência a esta Igreja deve-se ao Frei Antónia Brandão, cronista da ordem de Cister do século XVII a respeito do seu despovoamento durante o reinado de D. Sancho I, devido à peste. A Igreja terá estado afectada ao culto até à segunda metade do século XVII. A partir dessa altura, começou a deteriorar-se de tal modo que em 1702 era usada como curral de gado. Consta também que deve-se a esse uso alternativo a sua existência até hoje.






Freguesia de Famalicão






Igreja de Nossa Senhora da Vitoria

Famalicão foi povoada pelos habitantes de Paredes da Vitória, que trouxeram consigo o culto da Nossa Senhora da Vitória, em honra da qual foi construída a igreja. Um dos registos mais antigos da capela primitiva foi encontrado numa pedra datada de 1663. Porem, da antiga capela já nada existe e com a excepção da torre sineira, que será anterior à remodelação existente, o resto é arquitectura moderna.
No interior, guarda uma bela escultura do Espírito Santo, em pedra muito antiga, que foi encontrada enterrada no antigo cemitério, junto da igreja. Alguns dizem ser provenientes da igreja de S. Gião.
Em honra da padroeira realizam-se todos os anos uns festejos comemorando Nossa Senhora da Vitória, culto esse trazido pelos habitantes das Paredes quando tiveram de fugir do antigo porto do mar, devido às tempestades de areias que a submergiram para sempre….














Igreja de Santo Isidro

Igreja de Santo Isidro fica na localidade de Raposos, pertencente á freguesia de Famalicão








Freguesia de Valado dos Frades





Igreja de São Sebastião


A igreja de S. Sebastião , Valado dos Fades foi reconstruída em 1866 e em 1965. Apresenta uma torre sineira. No interior, existem duas tela, obra de Belchior de Matos, grande pintor maneirista.

Freguesia de Fanhais




Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Fica no lugar de Fanhais.

Obras disponíveis
(Para adquirir basta deixar mensagem ou, contactar o Email
imtn@sapo.pt/ telem. 916850489)
Aguarelas
31cm/40cm
Preço 100€















quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Exposição "ARTE de RECORDAR" na Batalha

Exposição que decorreu na galeria Mousinho de Albuquerque na Vila da Batalha está agora neste blog . Pode ter agora a oportunidade de ver ou rever todo o evento . Pode observar todo o Património do Concelho reunido em aguarelas.



Mosteiro de Santa Maria da Vitória


Óleo sobre tela e pasta relevo


1,045m x 0,845m


Preço 250€






Vendido


Nuno Alvares Pereira


Óleo sobre tela e pasta relevo


0,845 m x 1,045m


Preço 250€


Vendido


Mosteiro da Batalha


Aguarela


31cm x 40cm


Vendido

Mosteiro da Batalha


Aguarela


31cm x 40 cm


100€


Mosteiro da Batalha


Aguarela


31cm x 40 cm


100€




Vendido


M0steiro da Batalha no anos 30


Aguarela


31cm x 40 cm


100€




Mosteiro da Batalha O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha) , foi mandado edificar por D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota. Não se sabe o ano exacto em que se iniciou a construção do Mosteiro, mas parece ter sido em Janeiro de 1388. Em Março de 1388 D. João I doou-o à Ordem Dominicana. Porém, como a obra mal tinha começado e ainda se estava longe de erguer a parte conventual, os Dominicano só vários anos depois se instalaram ali. A obra, até às últimas pedras nas Capelas Imperfeitas, devia ter decorrido entre 1388 e 1533( data que aliás está gravada no balcão renascentista das Capelas). O Gótico tardio português não é o manuelino, embora este se possa inscrever como uma variante portuguesa do gótico. «Texto de Sr. José Travaços Santos» Parte da história que justificou a construção do mosteiro. “Batalha de Aljubarrota decorreu no final da tarde de 14 de Agosto de 1385 entre tropas portuguesas com aliados ingleses, comandadas por D. João I de Portugal e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira, e o exército castelhano e seus aliados liderados por D. Juan I de Castela. A batalha deu-se no campo de São Jorge, nas imediações da vila de Aljubarrota, entre as localidades de Leiria e Alcobaça, no centro de Portugal. O resultado foi uma derrota definitiva dos castelhanos, o fim da crise de 1383-1385 e a consolidação de D. João I como rei de Portugal, o primeiro da dinastia de Avis. A aliança Luso-Britânica saiu reforçada desta batalha e seria selada um ano depois, com a assinatura do Tratado de Windsor e o casamento do rei D. João I com D. Filipa de Lencastre. Como agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, D. João I mandou edificar o Mosteiro da Batalha. A paz com Castela só viria a estabelecer-se em 1411. A Batalha de Aljubarrota representa uma das raras grandes batalhas campais da Idade Média entre dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos da história de Portugal. No campo militar significou a inovação de uma táctica, onde os homens de armas apeados foram capazes de vencer a poderosa cavalaria medieval. No campo diplomático, permitiu a aliança entre Portugal e a Inglaterra, que perdura até ao dias de hoje. No aspecto político, resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal do Reino de Castela e Leão, permitindo a afirmação de Portugal como Reino Independente. Tornou possível também que se iniciasse umas das épocas mais grandiosas da história de Portugal, a época dos Descobrimentos” Obras disponíveis (Para adquirir basta deixar mensagem ou, contactar o Email imtn@sapo.pt/ telem. 916850489)




Aguarelas 31cm/40cm Preço 100€


Freguesia da Batalha

 Igreja Matriz Igreja da exaltação da Santa Cruz Igreja de grande beleza, embora seja muitas vezes menosprezada devido à proximidade do Mosteiro. Foi mandada erguer pelo Rei D. Manuel I em 1514, embora a sua construção tenha terminado apenas no reinado de D. João III, em 1532. Alguns séculos depois encontrava-se em ruínas por volta do ano 1834, pior ficou em 1858 com efeitos de um terramoto. Tendo sido finalmente restaurada no século XX por volta do ano 1938 pela Direcção-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Classificada como Monumento Nacional, é uma das ultimas manifestações da arquitectura manuelina. É um templo de planta longitudinal, composta pelos rectângulos da nave e da capela-mor, este de menores proporções e ladeado pela sacristia. A fachada principal está virada a oeste, encimada por frontão contracurvado. Do lado norte ,uma torre sineira, bordejada por ornatos, balaustrada e coruchéu piramidal. O pórtico deste templo, da autoria de Boytac, é um dos exemplares mais expressivos do manuelino principalmente pelo arco-padieira . Nas pilastras a ornamentação já tem muito de renascentista,  Igreja da Misericórdia A Igreja da Misericórdia é de inspiração barroco-joanina, foi construída no século XVIII. É um templo de planta longitudinal, composta pela nave rectangular, a que se adossam várias dependências, entre as quais o corpo quadrangular da Sala do Despacho, do lado oeste. Exteriormente ,a fachada principal, virada a norte, de empena angular e cunhais rematados por pináculos, é rasgada por portal encimado por janelão balaustrado ; na fachada ocidental, uma pequena galilé sobre pilares quadrangulares, ao fundo da qual se rasga a porta travessa da igreja. Aí se destaca a varanda de barroco-joanina que encima o portal e um escudo em pedra no lintel da janela.
Ermida de Nossa senhora do Caminho Não existe documentação da sua construção, mas sabe-se que a sua localização junto ao muro da velha Cerca conventual, faz-nos acreditar que teria sido erguida pelos Dominicanos e fosse propriedade do seu convento até 1834, ano da expulsão da Ordem. Sendo a Nossa Senhora da Consolação a senhora existente na Capelinha ,e não a Senhora do Caminho, ela à muitos anos popularizou-se como a Ermida da N. S. do Caminho por se encontrar junto ao caminho que vai para a Rebolaria e Golpilheira.

Igreja de Santo António Igreja construída sobre uma ermida do séc. XVII datada do ano 1643. Localizada no lugar de Rebolaria, cuja a época da construção do actual monumento já é do século XX meados dos anos 50. « Santo António teria nascido por volta de 1195, em Lisboa com o nome de Fernando Bulhões, aos 14 anos entrou para o mosteiro de S. Vicente de Lisboa. E em 1220 mudou-se para Coimbra onde se tornou monge da Ordem dos Cónegos Regrantes de Stº. Agostinho e alterou o seu nome para António. Só mais tarde se torna frade franciscano. Encarregado de varias missões pela sabedoria de que era conhecido, percorreu vários países, sempre levando uma vida pobre que lhe agravou a doença e morre em Pádua a 1231 com 36 anos. Foi declarado santo onze meses depois da sua morte pelo Papa Gregório IX.»

 Capela de Santo Antão Esta Capela fica no lugar de Santo Antão, cujo o seu padroeiro é a Nossa Senhora dos Remédios. É desconhecida a data de construção mas julga-se ser do século XVII.No interior desta Igreja rural, com nave e capela-mor cobertas por tecto de madeira, encontra-se um retábulo antigo com figuras que se julgam do Séc. XIV. Já quanto ao Santo Antão!... “Sabemos que é um dos santos mais antigos: Santo Antão do Deserto, representa-se como um frade velho com um cajado, tendo aos pés um porquinho. Santo Antão é o fundador do primeiro convento de frades cristão, nasceu em 251, em Comã aldeia situada na província de Benissoup no alto Egito. Era filho de pais piedosos e ricos, que revelou desde da infância grande desejo da perfeição religiosa. Com vinte anos perdeu os pais. Assistindo uma vez á santa Missa, ouviu as palavras do Evangelho : . Antão observou este conselho e começou vida de peregrino da fé . Vendendo tudo o que tinha herdado dando uma parte á irmã , e o restante dividiu com os pobres, retirou-se para o deserto, onde se ocupou com o coração e o trabalho. O demónio não o poupou, não lhe deixou faltar incómodos espirituais e corporais. Antão, porém, recorreu ás armas da oração e penitência, onde saiu vencedor. Uma vez isolado no interior do deserto, onde vivia numa gruta abandonada, um dia foi visitado por desconhecidos e alguns amigos, que muito o admiravam da sua boa disposição e do poder com que sarava os doentes. Quando no ano 311, Maximino decretou uma perseguição á igreja, Antão não se expôs ao martírio, mas saiu da solidão para animar e confortar os irmãos em Cristo. Terminada a perseguição um ano depois em 312, voltou a retirar-se para o de Colzim ( Morro de Santo Antão), onde continuou a vida de eremita até ao resto da vida. Quando este pressentiu que estava nos seus últimos dias de vida chamou os seus discípulos e dirigiu-lhes os últimos conselhos, e onde pediu que lhe sepultassem o corpo sem grande aparato, e não revelassem a minguem o lugar onde jazia. Morrendo assim a 17 de Janeiro do ano 356, viveu até aos 105 anos. “
 Capela do Mosteiro de Visitação Capela agregada ao convento de freiras da ordem de Visitação, situada na localidade da Faniqueira. A Ordem de Visitação foi fundada a 6 de Junho de 1610, por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal em Annecy ( França). A Ordem chegou a Portugal em 1784, com a fundação do mosteiro de Lisboa. Em 1879 foi fundado o mosteiro do Porto. Com as perseguições de 1910, pelo regime da Iª República, as religiosas dispersaram-se por vários mosteiros europeus, acabando por se juntarem no primeiro mosteiro de Madrid, onde permaneceram até à Guerra Civil de Espanha. Voltaram a formar uma comunidade no nosso país em 1924, num mosteiro em Guilhufe ( Penafiel) e fixaram-se, finalmente, na Batalha, em 1936 à 74 anos, (há ainda quem testemunhe a sua vinda e quem tenha ajudado nas obras que se transformou no convento que conhecemos hoje.) A vinda para a diocese de Leiria ficou a dever-se à intercessão do Dr. Carlos Mendes e à generosidade do Bispo D. José Alves Correia da Silva, que lhes cedeu a Quinta do Casal (Faniqueira, ) , que havia sido deixada á Diocese por Júlia Chartes Crespo, com a condição de as irmãs dedicarem as suas orações ao Seminário Diocesano.
Vendido Capela da Jardoeira Capela das Santas Almas do Purgatório. Fica no largo da Saudade e teve o inicio a sua construção em 1988 e inaugurada em 1989.Capela mandada erigir em memória de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo e por salvação das Almas. Tem um altar com a Nossa Senhora da Piedade, que já era padroeira da Jardoeira. Capela dos Casais dos Ledos Capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário Esta capela teve o inicio da sua construção em 11.09.1976, e inaugurada em 06-05-1984, teve contribuição para a sua construção os lugares de Casais dos Ledos, Casal do Arqueiro, Casal do Marra, Pinheiros e outros. Capela erguida no mesmo lugar de uma antiga.  Capela Antiga dos Casais dos Ledos Padroeira Nossa Senhora do Rosário Capela esta que teve as suas origens numa história de vida de uma família que enfrentou a dor de ter familiares na guerra em França. ( conta-se que uma mãe do lugar de Casais dos Ledos, prometeu a sua construção , se o seu filho chegasse da guerra são e salvo)  Capela de S. Sebastião Esta Capela fica no lugar de Casal do Relvas, e foi construída em 1944, tendo a sua mais recente restauração em 2005.
 Igreja de S. João Baptista Esta igreja fica na localidade de Quinta de Sobrado. Nesta aldeia houve outrora uma capela em honra da Sª do desterro; hoje há esta nova em honra de S. João Baptista. Conta-se que: “Na Quinta do Sobrado à uns anos atrás o S. João era celebrado em volta de um rochedo, o Penedo, que se situa a nascente, como que a espreitar o sol. Cantava-se e dançava-se sobre o penedo que tem ares de fantasma sobranceiro ao vale ou que guarda o vale. O costume de festejar o solstício ( 23 de Junho) sobre os rochedos era corrente entre os nossos antepassados Celtas ; dizia-se que esses pontos elevados eram mais sagrados do que os outros porque eram os primeiros a ser tocados pelos raios solares no dia do Deus-Sol” “livro concelho da Batalha de Severino Pereira e Moisés Espírito Santo”
 Igreja de Nossa Senhora da Conceição A igreja de Nossa Senhora da Conceição encontra-se no lugar de Brancas, junto à Estrada Nacional nº 362. Construída entre o século XVI e o século XVII, terá substituído uma outra ,anterior. Há uma noticia de 1650, inclusivamente, que refere a capela como sendo de abóbada de meia-laranja, belo alpendre e capela-mor constituída pela « capela muito mais antiga que aí existiu». É uma Igreja de planta longitudinal , orientada a oeste, composta por nave única, capela-mor e sacristia. O frontispício é em empena angular rematado por cruz em pedra, pano delimitado por cunhais de cantaria e aberto por duas janelas gradeadas que ladeiam portal com frontão de dois laços. O interior é de nave única de pavimento em lajes e cobertura em tecto de madeira disposto em três planos. A iluminação é feita através de lanternim, óculo e janela na capela-mor e janelas da nave . Junto à capela-mor e ao longo da nave existem túmulos rasos com legendas e motivos lavrados.
 Capela de Nossa Senhora da Saúde Capela erguida no lugar de Cela. A sua existência deve-se a uma história de vida de um dos seus fundadores (Sr. José Luís Ferreira). A sua experiencia de vida como militar na Índia onde foi feito prisioneiro e condenado à morte viu a sua vida traçado e sem futuro. Mas, sendo ele um verdadeiro crente da religião católica nunca perdeu a esperança de conquistar outro fim para a sua vida. Assim quando regressou em 1962 e convicto de que teria sido um milagre o seu regresso, pensou de imediato que a construção de uma igreja seria a forma de agradecer à Virgem por ter chegado são , salvo e com saúde . A Nossa Senhora da Saúde era a Virgem a quem recorriam e de que eram crentes, não só o Sr. José Luís Ferreira mas também outros familiares que sofreram na pele graves problemas de saúde . ”” De inicio se pensou numa pequena ermida , mas como o proprietário do terreno ao saber que se tratava de uma igreja logo se aprontou para doar a totalidade da área e assim fazer uma igreja que servisse a população da Cela.”” A sua construção teve inicio em 1981 e levou dez anos a concluir. Feita com mão de obra e materiais oferecidos pela população, (população essa que, assim que surgiu a ideia da construção de uma igreja no lugar não só apoiaram como se uniu para por nãos à obra).
 Capela de N. S. dos Campos Fica no Casal do Franco, entre o Casal da Quinta e Alcanadas Construíram os habitantes dos lugares vizinhos, há serie de anos uma pequena capela em honra de Nossa Senhora dos Campos, invocação bem portuguesa, frequente no Minho e na Beira Interior. O local já era sitio de encontro no domingo da Pascoela no qual se ia “ esperar a sesta”. A Senhora dos Campos representa-se de uma forma interessante e original: como uma mulher das aldeias com blusa e avental, tendo um cântaro na mão.

Capela da Nossa Senhora do Emigrante Ermida erguida em Alcanadas em honra dos Emigrantes , pertencente à freguesia da Batalha. Capela construída em 1967 por um grupo de emigrantes. Edifício com uma dimensão de 8mX 4m tem um altar com a imagem da Senhora de Emigrante, tem linhas sóbrias e simples a arquitectura semelhante às habitações feitas nos anos 60-80

Freguesia da Golpilheira

Igreja de Nossa Senhora do rosário de Fátima
Capela do Bom Jesus dos Aflitos
Construção séc.XV por Pero Gomes da Rosa, escrivão da Chancelaria do reino, nela sepultado.
Apresenta dois estilos arquitectónicos, manuelino e maneirista, esta capela rural é constituída por planta longitudinal, composta, com nave e capela-mor a abobadada . É possível encontrar elementos decorativos manuelinos na arquivolta do arco triunfal e nos fechos da abóbada da capela-mor. A Ermida do Senhor dos Aflitos foi construída em meados do Séc. XV. Pero Gomes da Rosa, escrivão da Chancelaria do reino, bem como o seu filho, João Afonso falecido em 1493, encontram-se sepultados neste espaço. Esta Ermida é composta por elementos decorativos pré-renascentistas na arquivolta do arco triunfal e nos fechos da abóbada da capela-mor.




Capela situada na localidade de Cividade perto da Golpilheira.
A sua construção deu-se no século XVI por volta de 1582, tendo sido erigido sobre uma primitiva ermida do séc. XIII e de invocação a São Leonardo da qual não há vestígios. Em 1986, a Capela sofreu obras de restauro, por volta, dessa época tentou-se fazer um pequeno armazém ou arrecadação, por debaixo da Capela mas, durante as escavações foram encontradas ossadas humanas, aí ganhou ainda mais força a hipótese da Capela ter sido construída no local de uma ermida primitiva. Esta Ermida apresenta uma nave de planta rectangular, sendo também rectangular a sua capela-mor. É de construção rural, alpendrada, com nave coberta por tecto de madeira de três planos e a capela-mor por tectos de madeira de dois planos.
Obras disponíveis

(Para adquirir basta deixar mensagem ou, contactar o Email
imtn@sapo.pt/ telem. 916850489)
Aguarelas

31cm/40cm

Preço 100€

Freguesia do Reguengo do Fetal

 Igreja de Nossa Senhora dos Remédios No centro da Freguesia, encontra-se a igreja Matriz da Nossa Senhora dos remédios. Foi construída em data incerta, ( há quem diga que foi em 1512 por D. Pedro bispo da Guarda) embora se saiba que foi reedificada no século XVIII. Antes da sua construção, a Santíssima Trindade era o seu orago, passando a partir daí a ser Nossa Senhora dos Remédios. È imóvel de interesse Público . As reformas posteriores à sua construção emprestaram-lhe características maneiristas, barrocas e revivalistas.

Capela de Nossa senhora do Fetal A ermida da Srª. do Fetal é lugar de grande devoção em toda a região, foi construída num cabeço ao sul do Reguengo, em 1585 com esmolas dos devotos conforme se lê na inscrição gravada em 1794. A imagem da senhora é uma escultura em pedra do séc. XVII, com dois palmos de altura. Centro de grandes peregrinações, e de devoção Mariana, foi noutros tempos um dos santuários mais célebres da região. Lenda da Senhora do Fetal “Há muitos anos atrás, num ano de seca e fome, andava uma criança a apascentar um minúsculo rebanho. A miúda chorava enquanto as ovelhas olhavam tristemente a terra ressequida donde a custo tiravam umas ervas secas. Subitamente, surgiu de entre os fetos uma mulher que perguntou à criança: - Porque estás tu a chorar? - Dói-me a barriga, tenho fome… - Vai pedir um bocado de pão à tua mãe! - Ora já pedi! Mas lá em casa não há pão, não há nada para comer!... - Mas, olha, faz como eu digo. Vai a casa outra vez e pede pão à tua mãe. Diz-lhe que vá à arca e lá encontrará pão para vocês. Diz-lhe também que quem to disse foi uma mulher que encontraste no campo. A miúda obedeceu e voltou para casa deixando as poucas ovelhas ao cuidado da senhora. Bem sabia ela que em casa não havia nada para comer, mas, como tinha aprendido a não desobedecer aos crescidos, lá foi. Mas no fundo de si pensava ser em vão aquela caminhada debaixo de um sol abrasador que lhe queimava os pés. Cegada a casa, deu à mãe o recado que trazia. Desconfiada, a mulher zangou-se com ela por ter deixado o rebanho sozinho e mandou-a de volta. Porem, ante a insistência da miúda ( que já chorava também de raiva por ver que a mãe não a acreditava) ,a mulher decidiu ir à arca confirmar a existência dos pães. E, espantadíssima, mal levantou a tampa, deparou-se-lhe uma arca repleta de pão, um pão tão bom e saboroso que não podia ter sido amassado nesta terra. Pegou num dos pães e partiu-o ao meio, dando um naco à filha. A miúda, com o pão na mão, voltou dançarolando para o rebanho, de tal maneira que já nem parecia ter calor nem fome. Junto das ovelhas, encontrou a senhora, que a sorrir lhe perguntou: - Então, como te sentes agora? - Bem ! Hum!... Este pão é tão bom ! - Pois agora que estás bem- disposta tens de fazer-me um outro recado…. - Está bem ! Diz lá o que é? - Vais à tua aldeia e dizes aos vizinhos que eu sou a Mãe de Deus. - Não vão acreditar em mim… - Mas vais na mesma. E se não te acreditarem, a tua mãe que te ajude. - E depois? - Depois diz-lhes que venham até aqui. - Para quê? - Porque quero que me façam aqui uma ermida! - Está bem ! Então até logo!... A criança partiu acenando com a mão àquela Mulher tão suave e que tanta paciência lhe mostrava. Quando chegou à curva do caminho virou-se para trás e disse um largo adeus à Senhora, que, mal ela desapareceu, desapareceu também. Chegada à aldeia, reuniu toda a gente conforme pôde, contou-lhes o que se passara e como a Mãe de Deus estava à espera deles todos, entre os fetos. Depois de muita hesitação, aquela gente, sem acreditar muito na miúda, decidiu que mesmo assim valia a pena ir ver se tudo aquilo era verdade ou mentira. No local dos fetos nem sinal de Senhora alguma. Já meio zangados, iam voltar para a aldeia quando a menina, que andava espantadíssima com o desaparecimento tão repentino da Mãe de Deus, encontrou entre os arbustos uma pequena imagem de pedra, de dois palmos, parecida com a Senhora que falara com ela. E, cheia de alegria, mostrou-a a todos os incrédulos, que já andavam dizendo que ela não estava doa da cabeça. Enquanto isso, do local onde a imagem tinha estado escondida, brotou uma fonte de águas fresquíssimas e milagrosas. A população do reguengo, apesar dos poucos meios de que dispunha, iniciou nesse mesmo dia a construção da ermida, ao lado da fonte. Terminada a obra, puseram lá dentro a pequena imagem daquela à qual chamaram, desde de logo, Senhora do Fetal, em memória do local onde havia sido achada.  Igreja de Nossa Senhora do Ó Igreja erguida na localidade de Alcanadas ao lado de outra capela com nome de s. Mateus, e de estilo moderno. Apesar de ser São Mateus o padroeiro das Alcanadas, as maiores atenções da sua gente vão para a Senhora do Ó. “Ó” significa “ chamar” ou “esperar”. Geralmente as Senhoras do Ó representam grávidas. Trata-se de uma belíssima imagem gótica, do tempo do mosteiro, ou mesmo anterior. É pequenina de pedra, está sentada e puxa o seu Menino pelo bracito  Capela de São Mateus Fica na localidade de Alcanadas A construção da Igreja de São Mateus, teve início no ano de 1567, num local onde se encontrava uma ermida de invocação a Santo Hilário, este ultimo muito raríssimo de encontrar; talvez por causa disso o tivessem substituído por um mais na moda naquele tempo.

Igreja de Nossa Senhora da Memória Esta igreja fica na localidade de Garruchas


Igreja de Nossa senhora da Conceição Igreja erguida na localidade da Torre. Mas a esta localidade está ligada uma forte e linda lenda de Santa Iria, e onde existe a confraria mais antiga do Concelho. Lenda de Santa iria “Era uma vez ... ali para os lados da Torre havia um lugar chamado de Magueixa. Lá viviam Emírgio e a sua mulher Eugénia Magueixa, assim apelidada por ter nascido naquele pequeno lugar. Como eram muito trabalhadores e económicos, juntaram uns dinheiros e construíram uma casa a que o povo passou a chamar a Torre da Magueixa, em lembrança do nome da mulher do Emírgio. Tempos depois nasceu naquela casa uma menina a quem seus pais puseram o nome de Iria. Passaram os anos da infância de Iria. E, um dia, os pais mandaram-na para um recolhimento de uma terra chamada Nabância – é hoje a cidade de Tomar – onde viviam duas tias de Iria, irmãs do pai Emírgio, que se chamavam Casta e Júlia. Em Nabância também vivia um outro parente de Iria, que era abade dos religiosos de S. Bento e que recomendou Iria a um santo monge chamado Remígio. Iria mostrara sempre uma profunda Fé, uma devoção total, e, por isso, muito bondosa e caridosa, começou a tornar-se notada pelos seus sentimentos cristãos. Tão profundamente sentia a Verdade pregada por Cristo que procurava a clausura para melhor se sentir junto de Deus, e só saía no dia de S. Pedro para ir rezar na Igreja deste Apóstolo. Por aquele tempo vivia em Nabância um jovem chamado Bristaldo, filho do Governador, que ao ver na Igreja de S. Pedro a Iria, muito linda, muito formosa, se apaixonou por ela. A paixão de Britaldo foi tão forte que adoeceu gravemente. Iria, por inspiração divina, soube da doença do rapaz e da razão que a provocara e, por caridade, foi visitá-lo, desenganando-o dos seus desejos de se casar com ela. Então Britaldo pediu a Iria que nunca casasse nem amasse a outro rapaz, o que Iria prometeu imediatamente. Com esta promessa tão prontamente feita, o filho do Governador sentiu-se logo melhor. Mas ... o bom Monge Remígio, a cujos cuidados Iria havido sido entregue, começou a sentir-se apaixonado pela linda Iria e a tentá-la. Iria não aceitou as tentações do Monge Remígio, o que levou este a tramar uma vingança contra a doce e inocente Iria. E a vingança consumou-se. O monge, que tinha muito de sábio, preparou uma beberagem com ervas, que conhecia, e que provocou a inchação do ventre, dando a aparência de uma falta. Iria bebeu a tisana de boa fé. E o ventre de Iria começou a inchar, e quanto mais os dias corriam mais ele se avolumava e mais a sua fama de Santa desaparecia. Todas passaram a duvidar da pureza e da virtude de Iria. Britaldo, o jovem filho do Governador, ao saber o que constava e julgando que Iria faltara à sua promessa, jurou vingar-se e ordenou a um dos seus familiares que a fosse matar. E o familiar matou Iria, no dia 20 de Outubro de 653, degolando-a, quando Iria, sempre pura e inocente, estava ajoelhada e de mãos postas a rezar, à beira do rio Nabão, que passava junto ao Convento onde estava Iria. E o corpo foi rio abaixo. No mesmo momento Célio, também tio de Iria, por revelação de Deus, sentiu a trama de Remígio e conheceu o sítio onde estava o corpo de Iria. E tudo revelou ao povo que, cheio de dó e reconhecendo a inocência e a pureza de Iria, deu graças a Deus e foi buscar, em solene procissão, à baixa de Santarém chamada ribeira, o corpo de Iria. Ali chegados deu-se o grande milagre de se abrirem as águas do Tejo, na margem, até onde estava o corpo imaculado da Santa, sobre um túmulo feito pelas mãos diáfanas dos Anjos. Era o desejo de seus conterrâneos levar o corpo de Santa Iria, mas ninguém o pôde fazer. Ninguém o movia. Apenas lhe levaram, para recordação, alguns cabelos e pedaços do pano da camisa que milagrosamente serviram para tratamento de cegos e aleijados no Convento de Santa Iria. Muitos milagres, segundo dizem, se devem a esta Santa, que séculos mais tarde, teve a visita de outra Santa, a Rainha Santa Isabel. E na Torre, na terra que a viu nascer, ainda hoje existe uma capela da invocação de Santa Iria que, segundo a tradição oral, foi construída no mesmo sitio onde esteve edificada a casa onde Ela nasceu.”
 Capela de Santa Maria Madalena Encontra-se no lugar de Torrinhas substituindo uma outra de 1600



Igreja da Sagrada Família Igreja recente com uma arquitectura moderna, e fica no lugar de Alcaidaria