quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Freguesia da Batalha

 Igreja Matriz Igreja da exaltação da Santa Cruz Igreja de grande beleza, embora seja muitas vezes menosprezada devido à proximidade do Mosteiro. Foi mandada erguer pelo Rei D. Manuel I em 1514, embora a sua construção tenha terminado apenas no reinado de D. João III, em 1532. Alguns séculos depois encontrava-se em ruínas por volta do ano 1834, pior ficou em 1858 com efeitos de um terramoto. Tendo sido finalmente restaurada no século XX por volta do ano 1938 pela Direcção-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Classificada como Monumento Nacional, é uma das ultimas manifestações da arquitectura manuelina. É um templo de planta longitudinal, composta pelos rectângulos da nave e da capela-mor, este de menores proporções e ladeado pela sacristia. A fachada principal está virada a oeste, encimada por frontão contracurvado. Do lado norte ,uma torre sineira, bordejada por ornatos, balaustrada e coruchéu piramidal. O pórtico deste templo, da autoria de Boytac, é um dos exemplares mais expressivos do manuelino principalmente pelo arco-padieira . Nas pilastras a ornamentação já tem muito de renascentista,  Igreja da Misericórdia A Igreja da Misericórdia é de inspiração barroco-joanina, foi construída no século XVIII. É um templo de planta longitudinal, composta pela nave rectangular, a que se adossam várias dependências, entre as quais o corpo quadrangular da Sala do Despacho, do lado oeste. Exteriormente ,a fachada principal, virada a norte, de empena angular e cunhais rematados por pináculos, é rasgada por portal encimado por janelão balaustrado ; na fachada ocidental, uma pequena galilé sobre pilares quadrangulares, ao fundo da qual se rasga a porta travessa da igreja. Aí se destaca a varanda de barroco-joanina que encima o portal e um escudo em pedra no lintel da janela.
Ermida de Nossa senhora do Caminho Não existe documentação da sua construção, mas sabe-se que a sua localização junto ao muro da velha Cerca conventual, faz-nos acreditar que teria sido erguida pelos Dominicanos e fosse propriedade do seu convento até 1834, ano da expulsão da Ordem. Sendo a Nossa Senhora da Consolação a senhora existente na Capelinha ,e não a Senhora do Caminho, ela à muitos anos popularizou-se como a Ermida da N. S. do Caminho por se encontrar junto ao caminho que vai para a Rebolaria e Golpilheira.

Igreja de Santo António Igreja construída sobre uma ermida do séc. XVII datada do ano 1643. Localizada no lugar de Rebolaria, cuja a época da construção do actual monumento já é do século XX meados dos anos 50. « Santo António teria nascido por volta de 1195, em Lisboa com o nome de Fernando Bulhões, aos 14 anos entrou para o mosteiro de S. Vicente de Lisboa. E em 1220 mudou-se para Coimbra onde se tornou monge da Ordem dos Cónegos Regrantes de Stº. Agostinho e alterou o seu nome para António. Só mais tarde se torna frade franciscano. Encarregado de varias missões pela sabedoria de que era conhecido, percorreu vários países, sempre levando uma vida pobre que lhe agravou a doença e morre em Pádua a 1231 com 36 anos. Foi declarado santo onze meses depois da sua morte pelo Papa Gregório IX.»

 Capela de Santo Antão Esta Capela fica no lugar de Santo Antão, cujo o seu padroeiro é a Nossa Senhora dos Remédios. É desconhecida a data de construção mas julga-se ser do século XVII.No interior desta Igreja rural, com nave e capela-mor cobertas por tecto de madeira, encontra-se um retábulo antigo com figuras que se julgam do Séc. XIV. Já quanto ao Santo Antão!... “Sabemos que é um dos santos mais antigos: Santo Antão do Deserto, representa-se como um frade velho com um cajado, tendo aos pés um porquinho. Santo Antão é o fundador do primeiro convento de frades cristão, nasceu em 251, em Comã aldeia situada na província de Benissoup no alto Egito. Era filho de pais piedosos e ricos, que revelou desde da infância grande desejo da perfeição religiosa. Com vinte anos perdeu os pais. Assistindo uma vez á santa Missa, ouviu as palavras do Evangelho : . Antão observou este conselho e começou vida de peregrino da fé . Vendendo tudo o que tinha herdado dando uma parte á irmã , e o restante dividiu com os pobres, retirou-se para o deserto, onde se ocupou com o coração e o trabalho. O demónio não o poupou, não lhe deixou faltar incómodos espirituais e corporais. Antão, porém, recorreu ás armas da oração e penitência, onde saiu vencedor. Uma vez isolado no interior do deserto, onde vivia numa gruta abandonada, um dia foi visitado por desconhecidos e alguns amigos, que muito o admiravam da sua boa disposição e do poder com que sarava os doentes. Quando no ano 311, Maximino decretou uma perseguição á igreja, Antão não se expôs ao martírio, mas saiu da solidão para animar e confortar os irmãos em Cristo. Terminada a perseguição um ano depois em 312, voltou a retirar-se para o de Colzim ( Morro de Santo Antão), onde continuou a vida de eremita até ao resto da vida. Quando este pressentiu que estava nos seus últimos dias de vida chamou os seus discípulos e dirigiu-lhes os últimos conselhos, e onde pediu que lhe sepultassem o corpo sem grande aparato, e não revelassem a minguem o lugar onde jazia. Morrendo assim a 17 de Janeiro do ano 356, viveu até aos 105 anos. “
 Capela do Mosteiro de Visitação Capela agregada ao convento de freiras da ordem de Visitação, situada na localidade da Faniqueira. A Ordem de Visitação foi fundada a 6 de Junho de 1610, por São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal em Annecy ( França). A Ordem chegou a Portugal em 1784, com a fundação do mosteiro de Lisboa. Em 1879 foi fundado o mosteiro do Porto. Com as perseguições de 1910, pelo regime da Iª República, as religiosas dispersaram-se por vários mosteiros europeus, acabando por se juntarem no primeiro mosteiro de Madrid, onde permaneceram até à Guerra Civil de Espanha. Voltaram a formar uma comunidade no nosso país em 1924, num mosteiro em Guilhufe ( Penafiel) e fixaram-se, finalmente, na Batalha, em 1936 à 74 anos, (há ainda quem testemunhe a sua vinda e quem tenha ajudado nas obras que se transformou no convento que conhecemos hoje.) A vinda para a diocese de Leiria ficou a dever-se à intercessão do Dr. Carlos Mendes e à generosidade do Bispo D. José Alves Correia da Silva, que lhes cedeu a Quinta do Casal (Faniqueira, ) , que havia sido deixada á Diocese por Júlia Chartes Crespo, com a condição de as irmãs dedicarem as suas orações ao Seminário Diocesano.
Vendido Capela da Jardoeira Capela das Santas Almas do Purgatório. Fica no largo da Saudade e teve o inicio a sua construção em 1988 e inaugurada em 1989.Capela mandada erigir em memória de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo e por salvação das Almas. Tem um altar com a Nossa Senhora da Piedade, que já era padroeira da Jardoeira. Capela dos Casais dos Ledos Capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário Esta capela teve o inicio da sua construção em 11.09.1976, e inaugurada em 06-05-1984, teve contribuição para a sua construção os lugares de Casais dos Ledos, Casal do Arqueiro, Casal do Marra, Pinheiros e outros. Capela erguida no mesmo lugar de uma antiga.  Capela Antiga dos Casais dos Ledos Padroeira Nossa Senhora do Rosário Capela esta que teve as suas origens numa história de vida de uma família que enfrentou a dor de ter familiares na guerra em França. ( conta-se que uma mãe do lugar de Casais dos Ledos, prometeu a sua construção , se o seu filho chegasse da guerra são e salvo)  Capela de S. Sebastião Esta Capela fica no lugar de Casal do Relvas, e foi construída em 1944, tendo a sua mais recente restauração em 2005.
 Igreja de S. João Baptista Esta igreja fica na localidade de Quinta de Sobrado. Nesta aldeia houve outrora uma capela em honra da Sª do desterro; hoje há esta nova em honra de S. João Baptista. Conta-se que: “Na Quinta do Sobrado à uns anos atrás o S. João era celebrado em volta de um rochedo, o Penedo, que se situa a nascente, como que a espreitar o sol. Cantava-se e dançava-se sobre o penedo que tem ares de fantasma sobranceiro ao vale ou que guarda o vale. O costume de festejar o solstício ( 23 de Junho) sobre os rochedos era corrente entre os nossos antepassados Celtas ; dizia-se que esses pontos elevados eram mais sagrados do que os outros porque eram os primeiros a ser tocados pelos raios solares no dia do Deus-Sol” “livro concelho da Batalha de Severino Pereira e Moisés Espírito Santo”
 Igreja de Nossa Senhora da Conceição A igreja de Nossa Senhora da Conceição encontra-se no lugar de Brancas, junto à Estrada Nacional nº 362. Construída entre o século XVI e o século XVII, terá substituído uma outra ,anterior. Há uma noticia de 1650, inclusivamente, que refere a capela como sendo de abóbada de meia-laranja, belo alpendre e capela-mor constituída pela « capela muito mais antiga que aí existiu». É uma Igreja de planta longitudinal , orientada a oeste, composta por nave única, capela-mor e sacristia. O frontispício é em empena angular rematado por cruz em pedra, pano delimitado por cunhais de cantaria e aberto por duas janelas gradeadas que ladeiam portal com frontão de dois laços. O interior é de nave única de pavimento em lajes e cobertura em tecto de madeira disposto em três planos. A iluminação é feita através de lanternim, óculo e janela na capela-mor e janelas da nave . Junto à capela-mor e ao longo da nave existem túmulos rasos com legendas e motivos lavrados.
 Capela de Nossa Senhora da Saúde Capela erguida no lugar de Cela. A sua existência deve-se a uma história de vida de um dos seus fundadores (Sr. José Luís Ferreira). A sua experiencia de vida como militar na Índia onde foi feito prisioneiro e condenado à morte viu a sua vida traçado e sem futuro. Mas, sendo ele um verdadeiro crente da religião católica nunca perdeu a esperança de conquistar outro fim para a sua vida. Assim quando regressou em 1962 e convicto de que teria sido um milagre o seu regresso, pensou de imediato que a construção de uma igreja seria a forma de agradecer à Virgem por ter chegado são , salvo e com saúde . A Nossa Senhora da Saúde era a Virgem a quem recorriam e de que eram crentes, não só o Sr. José Luís Ferreira mas também outros familiares que sofreram na pele graves problemas de saúde . ”” De inicio se pensou numa pequena ermida , mas como o proprietário do terreno ao saber que se tratava de uma igreja logo se aprontou para doar a totalidade da área e assim fazer uma igreja que servisse a população da Cela.”” A sua construção teve inicio em 1981 e levou dez anos a concluir. Feita com mão de obra e materiais oferecidos pela população, (população essa que, assim que surgiu a ideia da construção de uma igreja no lugar não só apoiaram como se uniu para por nãos à obra).
 Capela de N. S. dos Campos Fica no Casal do Franco, entre o Casal da Quinta e Alcanadas Construíram os habitantes dos lugares vizinhos, há serie de anos uma pequena capela em honra de Nossa Senhora dos Campos, invocação bem portuguesa, frequente no Minho e na Beira Interior. O local já era sitio de encontro no domingo da Pascoela no qual se ia “ esperar a sesta”. A Senhora dos Campos representa-se de uma forma interessante e original: como uma mulher das aldeias com blusa e avental, tendo um cântaro na mão.

Capela da Nossa Senhora do Emigrante Ermida erguida em Alcanadas em honra dos Emigrantes , pertencente à freguesia da Batalha. Capela construída em 1967 por um grupo de emigrantes. Edifício com uma dimensão de 8mX 4m tem um altar com a imagem da Senhora de Emigrante, tem linhas sóbrias e simples a arquitectura semelhante às habitações feitas nos anos 60-80

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