De planta
longitudinal, a capela é composta por uma nave única e capela-mor de massa
simples, disposta na horizontal. O edifício apresenta cobertura do exterior em
telhado de duas águas.
A fachada
principal, virada a Este, mostra embasamento escalonado de pano único, sendo
delimitado por cunhais de cantaria. O frontispício exibe remate em empena
triangular de cornija moldurada e saliente, aberto no tímpano por olho de boi,
encimada por cruz trevada e pequena sineira em arco alteado. Entre a porta de
verga em arco abatido e a janela de moldura recta existe uma cartela com a
data: “1753”, data da inauguração da ermida.
Situada junto à
Estrada Nacional 114, a Igreja de construção arcaica, sofreu grandes
modificações ao longo do tempo. A sua fundação terá ocorrido nos primórdios da
monarquia, e em 1755 com o grande terramoto terá sofrido bastantes danos tendo
sido reconstruída no século passado.
Conta a lenda que
a construção da igreja de Aboboriz se deve à descoberta de uma imagem e Nossa
Senhora no tronco carcomido de um loureiro por uma pastora que apascentava o
seu rebanho na Veiga de Bobris e que o povo do lugar ao ter conhecimento do
facto construiu uma ermida em homenagem à Virgem, passando a chamar ao local
Senhora de Bobris que, com o passar dos anos se transformou em Aboboriz.
Diz ainda a
tradição que a imagem encontrada era do tempo dos visigodos que, com receio da
moirama que havia invadido a Península Ibérica em 711, e chegados à Lusitânia
em 715, a destruíssem, a esconderam no local onde mais tarde seria encontrada.
Era uma imagem em pedra com um metro de altura revelando grande imperfeição,
mas de grande antiguidade. Representava a Senhora a dar o seio ao Menino Jesus.
Esta imagem foi retirada do seu lugar e destruída durante a revolta de 14 de
Maio de 1915. Foi substituída por outra, que em nada se assemelha.
A padroeira da
freguesia, Nossa Senhora de Aboboriz, é ainda célebre pelo milagre que terá
feito: é tido por certo que um homem do lugar da Amoreira fora cativo dos
Mouros e que no cativo era mal tratado pelo seu senhor. Sempre que sofria maus
tratos ele gritava por Nossa Senhora de Aboboriz, ao que o mouro muito
encarnecia. Para que o cativo não fugisse, o mouro metia-o, à noite, dentro de
um caixão, que por sua vez estava preso com uma corrente à coluna de pedra,
fazendo depois a sua cama sobre o mesmo. Passaram-se anos no cativeiro, em que
o cristão era, continuamente, martirizado pelo mouro, chamando sempre pela
Senhora de Aboboriz. Até que uma madrugada, o mouro gritou pelo cristão,
interrogando-se se na sua terra havia campainhas ou sinos. Ele disse que sim.
Saindo do caixão vira que ele e o mouro se achavam junto à igreja de Nossa
Senhora de Aboboriz e que o mouro se convertera. Verdade ou não, o que é certo
é que há disto um painel tão antigo, que já não se pode ler o letreiro por
estar o pano roto e que o caixão e a corrente ainda existem: o caixão, de boa
madeira e com chapas e fechadura de bronze, encontram-se na sacristia, ao passo
que a coluna e a corrente estão do lado do Evangelho, junto ao arco da
capela-mor.
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