Igreja de Santa Maria
A
Igreja de Paroquial de Santa Maria é a principal igreja da Vila e foi mandada
erigir imediatamente após a conquista de Óbidos aos mouros, em 1148, sendo a
primeira pedra do templo consagrada por São Teotónio, prior de Santa Cruz de
Coimbra.
A primitiva igreja românica e gótica
desapareceu por completo no século XVI, tendo dado origem a um extraordinário
exemplar de arquitectura renascentista.
Deste
período destacam-se os portais, o púlpito e, muito especialmente, o túmulo do
Alcaide-mor D. João de Noronha e de sua Mulher, D. Isabel de Sousa, um dos
marcos da arte renascentista em Portugal.
Ainda no interior existe um importante
recheio artístico dos séculos XVI e XVII. Destaca-se o retábulo da capela
colateral de S. Brás de Diogo Teixeira (de cerca de 1590, hoje no Museu
Municipal), o retábulo da capela mor (de cerca de 1620), a capela colateral de
Santa Catarina com telas de Josefa de Óbidos (de 1664), a capela de São Paulo
na sacristia e todo o revestimento azulejar proto-barroco, da última década do
século XVII).
Erigida
por ordem do rei D. Sancho I em 1186, provavelmente no lugar onde se ergueu a
mesquita islâmica, esta igreja servia para a assistência espiritual aos
Alcaides, à guarnição militar e era a “capela” da Corte e das Rainhas de
Portugal aquando das suas estadas em Óbidos.
Foi sede da paróquia e colegiada de São Tiago desde o século XII até ao século
XIX, altura em que integrou a Paróquia de Santa Maria.
Profundamente danificada em 1755, a primitiva igreja, com construção e obras
que cobriam o românico, o gótico, o renascimento e o maneirismo, foi totalmente
reconstruída, desta feita ao estilo barroco neoclássico, mas sem o brilho e a
riquesa de épocas anteriores.
Do primitivo templo resta uma tábua
representando S. Tiago Maior (de cerca de 1550), provavelmente uma obra do
pintor régio Luís de Morales; tem também uma excelente escultura de Cristo
Ressuscitado (de cerca de 1580) ambas no Museu Municipal e uma imagem de Santo
António do século XVI.
Igreja da Misericórdia
Erigida
na segunda metade do séc. XVI no lugar da primitiva capela do Espírito Santo
esta igreja possui um importante recheio artístico, destacando-se o portal e
púlpito (ambos de 1596), o retábulo da capela mor com pinturas de André Reinoso
(de 1628), o revestimento azulejar e Virgem com o Menino em cerâmica (ambos de
cerca de 1630).
A igreja da Misericórdia é a sede da Santa Casa, instituição de solidariedade
fundada em Óbidos pela rainha D. Leonor, mulher de D. João II na primeira
década do século XVI. Servindo para prestar apoio a todas as pessoas que o
solicitassem, sobretudo os mais desfavorecidos, a Santa Casa da Misericórdia
acumulava as suas funções de assistência, observando as 14 obras de
misericórdia (7 espirituais e 7 corporais), bem como toda a gestão da antiga
gafaria fundada cerca de 200 anos antes pela Rainha Santa Isabel, junto á Porta
da vila.
Ermida de S. João do Mocharro ou de N. Sr.ª d Carmo
Este
templo foi edificado, provavelmente, no século XIV, tendo sido sede de paróquia
até ao século XVII.
Era então conhecida pelo nome de Capela de São
João de Mocharro.
Trata-se de
uma Capela de características góticas que apresenta um portal de vão em arco
quebrado, com arquivoltas assentes em colunas cilíndricas.
No
interior, o templo apresenta uma nave única com tecto de madeira que abre para
a capela-mor através de um arco triunfal em arco pleno.
A tradição
diz ter existido neste mesmo local um templo dedicado a Júpiter. Embora as
evidências arqueológicas não tenham ainda confirmado esta hipótese, nada
aponta, porém, em sentido contrário. Certo é que no período islâmico aqui
existia uma comunidade cristã com a sua igreja dedicada a São João Baptista,
devoção muito característica entre os moçárabes.
No início da reconquista esta igreja foi reparada ou
reconstruída, sobrevivendo do seu passado românico apenas uma pequena porta no
alçado Norte. Também nos séculos XIV e XV a igreja sofreu grandes obras, mas
gradualmente a sua periferia urbana se foi desfazendo.
A história da capela de Nossa Senhora de Monserrate
remonta aos finais da Idade Média, mas actualmente assume uma expressão
puramente renascentista, já que foi totalmente reedificada no século XVI.
No seu
interior, além do requintado conjunto azulejar dos século XVII e XVIII, existe
um retábulo maneirista executado em 1599, no seguimento das beneficiações
realizadas por ordem do Padre Luís Franco, beneficiado da Igreja de São João do
Mocharro.
O retábulo,
representa diversos santos do panteão franciscano e, na tábua superior, a
aparição de Nossa Senhora a São João. Este conjunto de pinturas é da autoria de
Belchior de Matos.
Na nicho principal do retábulo encontra-se a imagem de
Nossa Senhora de Monserrate com o Menino, escultura de finais do século XVI. Em
meados do século XVIII a capela foi ampliada e acrescentada a torre sineira.
Igreja de Santo Antão
Na época da crise dinástica de 1383/1385, o
reino de Portugal esteve ocupado pelos castelhanos, tendo sido o Mestre de
Avis, futuro D. João I, o líder da revolta lusitana. Com a Batalha de
Aljubarrota, as praças portuguesas em poder de Castela começaram a cair. Assim,
depois de o porto de Atouguia ter sido abandonado pelos castelhanos, os obidenses
entregaram-se ao Mestre de Avis, que organizou militarmente o território, com o
intuito de defender melhor o reino.
Um dos combatentes da Ala dos Namorados,
designação dada, de acordo com o professor Carlos Orlando Rodrigues, “ao lado
direito do quadrante, mais exactamente à vanguarda virada para Leiria, que os
portugueses formaram como táctica de combate na Batalha de Aljubarrota” foi D.
Antão Vaz Moniz, fidalgo de Óbidos e cavaleiro a pé. Depois da vitória na
referida batalha, D. Antão, em 1386, mandou edificar uma capelinha em honra do
santo do mesmo nome. Essa ermida foi construída no cimo de um monte, a norte da
vila, de onde se obtém uma vista panorâmica deslumbrante. D. Antão passou aí os
últimos anos da sua vida, enquanto asceta, tendo pedido para ser sepultado no
interior da capela, sem qualquer tipo de
inscrição.
Estes
acontecimentos históricos originaram a famosa romaria de Santo Antão, que se
realiza nesta freguesia, a 17 de Janeiro. A ermida situada no local de difícil
acesso, mas de grande importância agro-pecuária, tendo o porco
um papel relevante.
Santo
Antão nasceu no ano 201, e morreu no ano 306, viveu então 105 anos, conhecido
por protector dos animais é invocado em caso de doença de algum animal ou no
caso de se ambicionar uma boa ninhada. Antigamente as promessas cumpriam-se com
a oferta de linguiças ao Santo, mas, actualmente, os chouriços são pesados e
vendidos e os crentes oferecem o valor
monetário correspondente, reservando os enchidos para a merenda.
A da Gorda
Igreja de Santo
António
Esta
bela Capela dedicada a Santo António de Lisboa situa-se em A-da-Gorda, tendo
sido o actual templo edificado em substituição de uma pequena ermida que aí
existiu. Da antiga ermida ainda hoje se conserva como relíquia uma imagem
antiquíssima, em pedra, do seu patrono.
Existe
uma lápide a felicitar o povo do lugar que com as suas esmolas construíram a
torre no ano 1893.
A
actual Capela foi, no século XVII, embelezada com pinturas não assinadas e, no
século seguinte, foi revestida, interiormente, de azulejos. No interior,
destaca-se, igualmente, três altares de talha dourada, bem como o tríptico de
inspiração franciscana que se encontra sobre o cruzeiro do altar-mor. Idêntica
atenção merece a pia de água benta, de estilo Romântico, com três cabeças de
símio, visto que a tradição diz que a água
Benta
afugenta os demónios.
Bairro Senhora da Luz
Igreja de Nossa Senhora da Luz
A capela, que fica na
localidade de Bairro Senhora da Luz, de evocação á Nossa Senhora da Luz, a
primitiva ermida terá sido construída nos inícios do século XVIII, para
responder às necessidades religiosas de uma população em crescimento.
Carregal
Igreja do Senhor Jesus da Pedra
Igreja situada na localidade
do Carregal, foi inaugurada no ano 1991.
As ligações familiares com
as vizinhas localidades do Arelho e de trás do Outeiro ( que permitem
equacionar a hipótese de a aldeia ser uma zona de passagem para os moradores) e
a proximidade das capelas dessas localidades bem como da própria sede de
freguesia ( Igreja de São João do Mocharro) poderão justificar que a aldeia, só
recentemente, tenha construído a sua própria capela.
Não obstante, o população
realizava, desde o século XVIII, uma festividade religiosa ligada ao Santuário
do Senhor Jesus da Pedra: o Círio do Carregal que, no dia de quinta-feira da
Ascensão levava os moradores até ao recinto do referido santuário. Em
comemoração dessa tradição e aquando da realização do círio no ano de 1997 (
ano em que o santuário fez 250 anos), foi oferecida aos romeiros uma réplica da
imagem do Senhor Jesus da Pedra, tendo na base um fragmento da Cruz
Arelho
Igreja de Santo
André
Esta
igreja fica situada no localidade de Arelho. Cuja a requalificação urbana largo
e capela inaugurada no ano 2004. Sobranceira a toda a aldeia, a Capela de Santo
André, templo rural de uma só nave e com uma galilé exterior alpendrada, na
fachada principal. Na mesma fachada, encimando o alpendre, está inscrita uma
imagem de pedra representando o orago que Gustavo de Matos Sequeira, em 1955,
datou do século XVI a atribuiu a um escultor de nome Nuno Alvares. No interior
da capela, destacamos a imagem do orago datada, segundo informação do
historiador Sérgio Gorjão, do século XV ( o que deixa antever a antiguidade da
capela), da autoria de um escultor da escola de Coimbra que assinava as suas
obras com as iniciais P.A. O mesmo escultor terá sido o autor da escultura de
São João Baptista do Mocharro, datada da mesma época e hoje exposta no Museu
Municipal.
Podemos ainda
admirar várias imagens do período Barroco ou de influência barroca: Nossa
Senhora dos Milagres, Nossa Senhora das Neves, Nossa Senhora do Rosário e Nossa
Senhora da Conceição ( as duas últimas no altar-mor da capela, cujo retábulo
datará dos finais do século XVIII).
Trás do Outeiro
Igreja de Nossa Senhora da Conceição
Igreja situada no lugar de Trás do Outeiro, tem uma
lápide com o nome da padroeira e o ano de
1909- 1938.
No
largo principal da localidade situa-se a pequena capela de Nossa Senhora da
Conceição, construção provavelmente dos princípios do século XVIII. Para além
do interessante adro que rodeia a capela, situado num plano mais elevado que a
rua, destaca-se a pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição, provavelmente
do período barroco. Do mesmo período, serão as imagens de Santa Justa e Santa
Rufina, provenientes da ermida com o mesmo nome, colocadas em dois nichos
abertos do lado esquerdo ( a primeira) e direito da capela-mor, para além do sacrário
do altar-mor, em talha dourada.
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